quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Pearl

“Smoking kills. If you're killed, you've lost a very important part of your life.”
Brooke Shields, atriz, quando era embaixadora mundial anti-tabagismo

Sabe quando você olha e depois olha de novo?

Divertidas instalações do artista Mark Jenkins em vários lugares do mundo, inclusive Rio e SP.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Simplificando a verdade

Sabe quando você tenta procurar um monte de palavras para tentar descrever uma situação? Então, vale a pena conhecer Dan Perjovschi, um artista romeno que sabe como poucos sintetizar em simples traços coisas que nem sempre percebemos. Coisas que passam batido e ficam muito interessantes colocadas num papel ou numa parede. Vale a pena conferir.
O cara fez uma belíssima exposição no MoMa, em Nova York, ano passado. Confira o vídeo.
"What happened to us?" é o nome da mostra, que faz valer muito a pena a reflexão sobre o que estamos fazendo aqui.

Greves do bem

É demais esse piquete dos roteiristas gringos. Os caras tão reivindicando o direito autoral sobre as vendas de dvd´s e downloads na web. A indústria pode reclamar da pirataria, mas eles nunca, né? E com certeza os fodões vão precisar ceder, pois os roteiristas perceberam o poder que têm. E sinceramente acho que se a festa não atrapalhar o Oscar, pelo menos dá uma acordada para o que realmente está acontecendo. E que é que está inviabilizando os novos filmes e as temporadas das séries a sairem do forno...
A intransigência dos mega-estúdios de Hollywood.
A exemplo dos redatores yankees, algumas categorias brasileiras poderia fazer esse tipo de greve.

Exemplo: publicitários lutando por horários mais dignos, hora extra e 15° salário. Já pensou a TV Globo tendo que rodar vinhetas e chamadas nos intervalos por falta de propagandas produzidas? Ou melhor ainda, reveiculando boas propangandas antigas?

Ou então uma greve de caminhoneiros lutando por uma malha rodoviária com menos buracos e perigos. Simples condições dignas de trabalho.

Mais uma idéia boa vinda de lá. E dá-lhe reprises!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Bandido ou consultor de porra nenhuma?

Deu muito o que falar a reportagem sobre os dias atuais do ex-manda chuva e mais novo semi-cabeludo-implantado do Brasil, José Dirceu, na Revista Piauí desse mês. Intitulada "O consultor", a história foi o carro chefe da edição número 16. Tiveram até que repor nas bancas. Mas o que será que é tão importante que essa criatura tem a dizer e que todos querem ouvir?

E o pior é que a brilhante Daniela Pinheiro conseguiu chegar num grau irritante de imparcialidade, sendo descritiva ao extremo, sem beirar em momento nenhum a monotonia. São mais de 50 mil toques, que passam voando, em poucas horas, numa tarde agradável. Recomendo a leitura impressa, que dá pra ir parando e refletindo.

Viagens como cidadão especial, carros de embaixada esperando e tratamento de herói militar. A repórter ficou 6 dias na cola do ex-ministro. Em 6 dias pingou por Lisboa, Madrid e Santo Domingo. Com direito a conexão perdida e brados de "vou fretar um jatinho". Só de ouvir essa frase já fico pensando o quanto ele não deve ter se usado de nossa verba para se dar ao luxo de perder conexões. Ah, e como sabe se dar ao luxo...

Vinhos dos mais caros, restaurantes onde 90% da população desse país aqui jamais poderia sonhar pisar... E a criatura gosta de rum, e entende. Tem pedigree cubano e moléculas de sangue armazenadas em algum velho bisturi dos anos 70. Já mudou de cara, mas continua de cara lavada. Até quando xingam ele.

Por sinal, disparadas as melhores partes da reportagem são aquelas em que alguém em algum saguão de aeroporto ou restaurante reconhece e profere belas vaias e ofensas ao personagem. É bonita sua luta em tentar se tornar um cidadão comum. É aí que mora o lirismo da reportagem.
Hoje, se auto-denomina consultor. Segundo mamãe dizia, consultor é um cara chato, que nenhuma firma (ou governo) pode mais suportar, que fica em casa trabalhando de pijama no sofá.

Não imaginava o grau de vaidade de Dirceu até ler que ele não dorme sem passar hidratante. Detalhe: em Madrid sua mala foi estraviada. E tome comprar roupinhas novas e o tal creminho imprescindível. Não fiquei espantado em ler, alguns dias depois, que ele havia implantado centenas de fiozinhos de cabelo. Se você visse uma foto da cabeleira dele nos idos de 64 entenderia o que ele perdeu.

E assim, na cabeleira de Dirceu o Brasil luta para não esquecer os tempos em que o vaidoso cidadão de sotaque caipira carregado comandava o nosso barco.
Ele jura que é inocente. E você, tem tanta certeza?

Eita castiguinho bom...

Os yankees costumam nos brindar a cada mega-estréia hollywoodiana com belas idéias de jerico. Mas temos que tirar o chapéu pra decisão desse juiz. Imagine deputados e senadores que rapam a grana da moradia no nosso País passando uma maravilhosa noite cambaleando pelas alamedas sem calçada de Brasília.

Do Terra
Um juiz ordenou que um funcionário do Exército da Salvação, nos Estados Unidos que roubou US$ 250 de um cofre de doações, passasse uma noite na rua. Nathen Smith, 28 anos, teve de passar a noite inteira em qualquer lugar, menos em uma casa, de acordo com a sentença do juiz de Painesville Michael Cicconetti. O condenado teve de levar um aparelho de GPS, que informava sua localização.

Smith afirma que se espantou com a sentença no início, mas não imaginou que seria tão difícil cumpri-la. "Eu sei que não devia ter roubado. Agora vejo que tenho que pagar pelo crime".

***
Ai como eu queria ouvir um Renan, um Dirceu, um Amazonino, um João Paulo, um Silvio ou uma Denise afirmando com lágrimas nos olhos as aspas acima ipsis literis...

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Exército de 3 homens sós

Muito bom filme, feito por 3 designer ingleses na Praia de Omaha, na Normandia, onde foi filmada a cena de abertura de O Resgate do Soldado Ryan. Uma bela amostra do que a computação gráfic pode fazer.
em 3 caras eles encenam todo o exército americano. E os alemães. Impressiona a habilidade dos caras.

Continua sendo...

De tudo e de todos.

Nem todas as miras apontam para o mesmo lado.

Cada um com seus problemas.

E qual o problema de ter problemas?

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Um lugar incrível

Brotas é um lugar que parece antigo e batidão. Antigo é, batidão não.
Essa fazenda do século XIX é um hotel/pousada restaurado que pode dar uma nova visão da capital paulista do eco-turismo. Só de lá é que se parte para essa cachoeira secreta, numa fazenda próxima. 1 hora rio acima caminhada puxada. 55 metros de queda. Poço magnífico. Banho completamente revitalizante. Ninguém em volta. Com direito a pegada de onça no caminho. Com foto e tudo pra não parecer papo de caçador.

Deitado numa rede vi um simpático e inspirador tucano sobre o abacateiro.
O serviço é personalizado, de primeira. Roteiros de charme total.
Nada melhor.
Recomedadíssimo!

Sobrenome da firma

Se tem uma coisa engraçada nesse mundo business e no idioma corporativês é o pronome possessivo do/da. Já reparou que se o telefone toca no horário comercial sempre tem alguém do outro lado que diz:
- Oi, eu sou o fulano da ____
ou
- Boa tarde, senhor, aqui quem fala é a ____ do serviço de relacionamento do ____

Parece que o nome da firma vira o sobrenome da pessoa.
E quando a pessoa é funcionária de outra pessoa, daí é que fica estranho. Exemplo:
- Bom dia, aqui é a Juliana, da Andrade Gutierrez.
Porra ela se chama Juliana Andrade Gutierrez? Caraleoooo! Que medo, deve ser a dona da empreiteira, vou até ser educado...

E quando você tá desempregado dá a maior vergonha porque tem sempre uma secretária que pergunta:
- Felipe de onde?
Dá vontade de responder:
- Da maior empresa do Brasil: Desemprego S.A.
Só pra ver se rola um desconforto.

E essa entrevista que a pobre da modelete diz que é da Mônica Monteiro. E olha que Mônica Monteiro nem é nome da firma, é o nome da mulher que vende (fatura/explora) ela... parece até que usa coleira...

Muito obrigado pela atenção, tenha uma boa tarde,
Felipe,
da _ _ _ _ _ _ _

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Eu prometo!

Em algum lugar que se pareça com isso...

Prometo que não vou escrever aqui na próxima semana.
Vacaciones. Se precisar de mim, não me ligue, não me mande e-mail nem sms.

F-O-U. Fui!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

No more Mamma...


Um dos grandes prazeres de estudar na Cásper Líbero era a sempre constante possibilidade de encontrar Mamma Bruschetta no elevador. A criatura, meio homem (tem gogó), meio mulher (tem grandes seios), meio baleia (tem grandes pneus), sempre me intrigava. Estivesse "montado(a)" ou não.

Prazer melhor que esse era só quando o Serginho Mallandro entrava pela porta do elevador com aquele terno colorido-véio-surrado, coçava o nariz e cumprimentava com a cabeça. E isso só aconteceu duas vezes. A primeira foi nos primeiros meses do primeiro ano. só depois fui entender porque ele coçava o nariz...

PS: deixei a foto grande para reforçar a bizarrice...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Ladrão que rouba ladrão...

Tadinhos dos ladrões do Masp. Iriam levar 5 milhões pela ação. Eu roubaria até a antena da Gazeta por uma verba dessas. Os coitados tinham feito um senhor favor à sociedade (e a quem encomendou, claro). Se a Suzanne Bloch e o Lavrador de Café não voltassem pra casa, quem sabe teríamos o Sr. Júlio Neves afastado do comando do barco que não sabe comandar.
Uma pena mesmo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Meu nome É Selton

Filme com o Selton Mello costuma valer pelo Selton Mello. Em Meu nome não é Johnny ele mostra cada vez mais que construiu um personagem forte. e esse personagem não se chama Johnny, e sim, Selton. O cara já é até uma marca, com valores, atributos e alguns (poucos) pontos fracos.
O roteiro não é brilhante, muito global demais. Mas Cléo Pires também seduz, como a piradinha-sem-noção Sofia. Juntos eles partem para uma viagem pela Zeuropa, regada a muuuuuuuuuuuita farinha e cash. Lá acontece um dos melhores diálogos do filme:
Receptador: - Meu objetivo é juntar um milhão de dólares.
Johnny: - O meu é gastar um milhão
É inclusive em Veneza que acontecem as partes mais divertidas, como o idioma italiano macarrônico que João Estrela tenta falar. Ao gondoleiro: "Velocità, io quiero velocità!!!". Na prisão a excelente cena da tradução com os africanos dá muito pano pro riso.
***
Moral da história, Selton Mello atua sempre melhor nas cenas em que interpreta ele mesmo.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Bizarro

Peixes mutantes desenvolvidos na Coréia. O ó do bizarro. As carpas tem cara de gente! Impressionante!

Copacabana Replay

Sabe quando você vai passar o reveillon numa praia que não é Copacabana e alguém que foi lá fica sempre falando que você perdeu o show de fogos mais impressionante do mundo? Agora não tem mais problema, você pode entrar nesse site e ver o show de fogos em 360 graus.

Vale a pena!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Farinha do mesmo saco

Filho de Renan Calheiros agride advogado

Rodolfo não gostou de dividir onda com Luciano Valois que surfava ao seu lado no Francês

Da Redação - jornal Extralagoas

O advogado Luciano Valois esteve no inicio da tarde de hoje, (26) na sede da Secretaria de Defesa Social, acompanhado de sua advogada Catiene Lobo para registrar queixa crime contra Rodolfo Calheiros, filho do senador Renan Calheiros que o agrediu a socos na manhã de terça-feira quando ele surfava na Praia do Francês.

Da Redação
Rodolfo Calheiros, em atitude agressiva para a imprensa


Segundo Luciano Valois, a razão da agressão deve-se ao fato de ele ter pegado a mesma onda que Rodolfo Calheiros, que não gostou da idéia de dividir a onda com o advogado e partiu para a violência sem o menor motivo. Ele disse que o violento golpe provocou dez pontos no supercílio esquerdo.

Stéreo Maracanã - Freestyle Love

Sonzera carioca pouco conhecida. Galera de responsa, que faz um belo trabalho misturando reggae, hip hop e funk pancadão. Além disso a pegada do berimbau dá um tom "Hard África" que deixa tudo com cara de raiz.
Um som pra fazer você se sentir mais brasileiro.

Vá ao My Space e ouça também A Luta (o melhor som disparado).

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Homenagem ao Índio, a música Highagain (ou melhor, Raia Man!)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Aspirantes a homem-pássaro

Documentário no Brasil costuma ser aquele filme que fica poucos dias numa sala pequenininha, no cinema mais longe de você. É um gênero que tem feito cada vez mais sucesso, graças a importações de filmes do Michael Moore. Bom, a produção de docs brasileiros é cada vez mais crescente e têm sido lançadas belas obras como esse filme.

PQD, de Guilherme Coelho, é mais que um documentário sobre 70 jovens aspirantes na Brigada Pára-Quedista do Exército. É um retrato das esperanças dos jovens brasileiros de classe C e D. Um panorama de um futuro incerto, de uma paradoxal busca por uma carreira ou um caminho qualquer. "Você passa tanto tempo atirando ou engraxando as botas que quando você sai daqui, ou você vira bandido ou engraxate. ", conta um dos entrevistados.

É um trabalho competente sobre o papel do exército como instituição militar e social. Muitos jovens não tem opção e entram ali felizes e satisfeitos para ganhar 250 reais por mês. Uma alternativa digna para escapar do tráfico, não fossem eles procurados e, muitas vezes intimados, a entrar no tráfico quando dispensados. Ali, são obrigados a colocar nas mãos dos traficantes seus aprendizados sobre técnicas de guerrilha. Num momento do filme comentam que o motorista do comandante da guarnição foi preso com traficantes.

Belas cenas de treinamento bem como depoimentos emocionados e repletos de confiança e incerteza recheiam os 90 minutos de película. Marcante a cena do primeira salto, captada com várias câmeras e digna de filme épico da 2ª Guerra Mundial. (Obs: os pára-quedas utilizados pela nossa "tropa de elite" são da metade do século passado, daqueles redondos que caem onde DEUS quiser. E no filme os aspirantes são convencidos de que fazem parte de uma esquadra invejada inclusive pelos americanos).

Assista a um filme sobre pessoas, a mais rica fonte de conhecimento que existe.

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Cenas extras, além de uma boa entrevista com o diretor do filme, você vê aqui.

Celebridades no campus

O pior é que é tudo verdade. Será que o pai deles era cinéfilo master? Será que o pai do Macgyver de Freitas tentou fazer uma bomba com chiclete e banana que não deu certo? Daí batizou o filho assim só de raiva?



Não contente, outro aspirante a uspiano também com nome célebre tentou quebrar tudo na Cidade Universitária. Bom, não foi dessa vez. O trote dele ia ser um absurdo, já pensou? Se fosse meu bixo, mandaria ele falar com entonação e tudo aquele célebre "Hasta la vista, babe" umas 1000 vezes. Tadinho, já deve ter sido zuado até a morte no pré...


Veja com os próprios olhos; Arnold e Macgyver
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Na verdade essa lambança nominal é uma homenagem já saudosa aos 4 anos de facul. Que se acabaram hoje! Saiu a nota! O 7,0 veio pra acalmar meus ânimos. Por 0,75 estou livre dessa. Vida nova!

Não sei o que é pior

Se é trabalhar no SoHo e ter que usar um cabelo moderninho como esse abaixo...


Ou trampar no Friday´s e ter que vestir uma roupinha dessas...


PS: No Friday´s o candidato a gerente em 5 anos ainda tem que se esgoelar cantando Parabéns Pra Você 20 vezes ao dia. E com empolgação, como se fosse o aniversário do filho. Ou ainda convidando/forçando o coitado do aniversariante a subir na cadeira e dançar La Conga. Além de ficar velho ainda tem que imitar Gretchen...

2008 Nada está perfeito e tudo pode sempre ficar melhor.