sábado, 24 de setembro de 2011

No pé e no ouvido

Tem uma expressão que eu gosto do surf que é 'a prancha está no pé'. Isso significa que o surfista está em sintonia com seu equipamento, que está fazendo o melhor uso possível dele. Tá certo que faz tempo que eu não pego onda, mas acho que essa expressão define bem como anda minha relação com meu radinho. Sim, posso não estar surfando, mas mal comparando eu diria que meu rádio 'está no ouvido'. E tá super.

Tenho ouvido muito rádio, meu iPod anda bem aposentado. As música preferidas cabem em mp3, mas o que enche os tímpanos ultimamente são os sons da Eldorado Brasil 3000 FM, a melhor rádio de Sampa hoje em dia. E não é porque trabalho 4 andares em cima dessa rádio, mas aposto contigo que não tem sequência melhor no dial. Pode ligar, especialmente aos finais de semana, e comprovar. Se for um sábado de sol, você vai ver que o desgraçado do programador consegue fazer uma playlist que tem tudo a ver o dia lá fora. E se estiver chovendo e friozinho, ele tem a manha de colocar uma trilha adequada.

E tem a Oi FM que também consegue manter um ritmo bom em algumas horas do dia, quando não se mete muito à besta com sonzinhos indies que só o programador e seus miguxinhos do mundo fashion conhecem. Mas eu tô que tô em sintonia com radinho.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Peruinhas

Dia desses vi uma dessas blitz promocionais de rádios FM aqui perto de casa. Nossa, isso é tão antigo, lembro da minha época que a 'peruinha Jovem Pan' era o máximo, mas que eu nunca a encontrei. Sim, já ganhei ingresso de rádio, desses que tem ligar rápido. Era para um show do Planet Hemp no Palace, no qual gravaram o eterno MTV Ao Vivo. Se foi legal? Poxa, claro que foi. Eu ouvi o disco muitas vezes depois porque é óbvio que fui barrado na porta, com 16 anos. O que peruas e promoções têm a ver comigo? Ambas são ideias são antiquadas para mim, mas assim como o Planet, engraçadamente fizeram muito sentido numa época da minha vida.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Terrivelmente humanos

Todo mundo sabe onde estava em 11 de setembro de 2001. E quase todo mundo que quer falar disso começa o texto assim. Bom, o que o décimo aniversário dos ataques me fazem perceber é o quanto ele mudou nossas vidas. Não o mundo, não vejo tanto assim. Apesar de o quarto avião não ter batido na Casa Branca ou onde quer que se destinava, acho que o atentado nos trouxe à essência humana. Por lembrar tão bem onde, como e com quem estávamos naquele ensolarado dia em Manhattan, eu acho que isso ficou eternizado em nós com a relevância de ter começado dois movimentos. Um é a reflexão sobre o que queriam dizer aqueles terroristas e o grupo que dominou os aviões. A outra é o nosso retorno à condição extremamente humana de vulnerabilidade e imprevisibilidade. Simplesmente não sabíamos o que iria acontecer dali pra frente e isso nos deixava de certa forma muito impotentes. Por um momento, nós, civilização ocidental predominante, dona da verdade, da força e da grana, não sabíamos o que fazer. E principalmente como pensar. E com Bin Laden vivo ou morto, ainda acho que não entendemos nada.