sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Desculpas para ver Nelson Freire


A desculpa era a inauguração de um novo piano no Theatro Municipal, e mesmo sabendo disso na véspera, a melhor coisa que fiz foi desmarcar tudo e ir pra lá. Foi uma daquelas noites que bastam poucos instantes para saber que será inesquecível. Igual ao show dos Stones em Copacabana, em 2006, onde alguns acordes foram mais que suficiente para saber que já era um das melhores noites da vida. Os dedos de Nelson Freire pareciam os de um pintor pincelando uma tela em branco, combinando ápices de leveza com um furor intenso, delicados toques paradoxavam com "marteladas" intensas.

Há anos eu queria ver esse cara tocar e o lindo documentário que o João Moreira Salles fez sobre ele me deixou ainda mais curioso para ver ele ao vivo. E a atitude do cara é muito rockn'roll, tem muita presença, se entrega forte ao momento. Não, não sou metido a entendido de música clássica, não sei de ouvido saber se é um Villa Lobos ou um Debussy que está sendo executado. Mas sentir a música é coisa que não requer prática, só bom senso. Arrume uma boa desculpa você também para vê-lo em breve.

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