sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cidadão Samba

O cara é uma escola de samba de um homem só. Fazia tempo que não via alguém respirar carnaval e ziriguidum autênticos em Sampa, 100% sambista, mas sem frescura ou malandragem em excesso. O documentário Oswaldinho da Cuíca: Cidadão Samba mostra um artista autêntico do carnaval, o primeiro paulista contemplado com esse título, em 1973. Um cara que não esconde o jeito disciplinado herdado pelos anos de exército, mas que ao mesmo tempo esbanja um sorriso permanente quase irritante. Técnicamente não se trata de um primor de obra, já que tudo foi captado em DV e não em película, mas na parte mais importante, o som, os realizadores não pecaram nem um pouco.

Cena após cena vão se destacando o molejo impressionante nos passos de danças e a habilidade para tocar todos os instrumentos que fazem do samba, samba. Tem uma cena em que uma caixa de engraxate ganha a intensidade de uma bateria de escola de samba, sempre com sorriso no rosto. Ainda tem um livro biográfico escrito pelo jornalista André Domingues, que complementa e detalha a vida do craque do instrumento mais obscuro do telecoteco.

Ontem o CineSESC foi o palco dessa estréia, que teve ainda um intenso e cuiquento pocket show, que só fez reforçar a importância dessa figura no samba paulistano. E a simpatia faz qualquer um sair de lá de bem com a vida.

PS: em cartaz até semana que vem no CineSESC, na Rua Augusta, 2075.

Apelando

Olha essa notícia na home do UOL:
Brhadaranyakopanishadvivekachudamani batiza filho com mesmo nome
É apelação, né?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

A vidis é mesmis uma piadis

Ontem foi o #mussumday, no Twitter, em homenagem aos 15 anos da morte do monstris sagradis das gargalhadis de butequis. E nada melhor do que usar o Mussum Grapher pra fazer sua homenagem!
http://www.camaleon.com.br/vacuo/mussumgrapher.swf

Dica da Sra. Myagi (sem link - pô, você poderia criar um belo dum blog, hein Eli?)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Os fretados me divertem

Legal ver na capa do jornal manifestantes que perderam seu ônibus particular batendo boca com motoristas de carro na Dr. Arnaldo. Legal ver a turma manifestando indignação contra o secretário (contra o Sarney ninguém grita, né?). Legal ver nego fechando faixa da Paulista, da Berrini e da Marginal para pedir que tudo continue como estava. Só há revolta se o governo encosta ou rela no bolso e no conforto da população.

Por outro lado, todo mundo quer melhoras no trânsito. Só que pra melhorar tem que mudar. Mas ninguém quer sofrimento, regra 1 de qualquer mudança.

Legal ver mais carro na rua. Legal ver mais nego reclamando do trânsito nas conversas de elevador e similares (maior clichê que esse hoje em dia só o "que frio é esse, hein amigo?"). Legal também é ver moradores do Paraíso e de Cerqueira César felicíssimos com a medida, que agora deixa a porta de suas garagens livres na hora do rush. A Paulista com mais fluxo e menos bagunça.

Eu nunca tinha pensado nisso, mas dessa forma é mais dinheiro circulando dentro da cidade, já que se o trabalhador ganha o dinheiro dele em Sampa, mas mora em outra cidade, Santos, por exemplo, e paga IPTU, taxas e multas em Santos, ele apenas transfere riqueza daqui pra lá, se utiliza dos bens públicos do município e não deixa nada (ou muito pouco) em troca. Agora ele pega Metrô ou ônibus municipal.

Engraçado que isso tudo me fez lembrar da época em que eu tinha hora precisa para acordar e sair de casa, pois a perua escolar raramente atrasava mais de 3 minutos. Era um mundo encantado, uma bolha. Assim como aquela, uma hora o fantástico mundo dos fretados tinha que acabar. As coisas mudam, a gente precisa crescer e a cidade idem.

Sabiduria popular

"Homem velho e bem de vida namorar menina nova é que nem comprar jornal pros outros lerem."

terça-feira, 28 de julho de 2009

Por onde anda?

- Anderson Varejão?
- Renata Banhara?
- Lucas Lima?
- Diego Alemão?
- Babi Xavier?
- Janeth?
- Cida Marques?
- O Fofão?
- Rafael Ilha?
- Jairzinho?
- Carla Lamarca?
- Astrid Fontenelle?
- Junior Baiano?
- Patrícia Marx?
- Léo Batista?
- Daniela Cicarelli?
- Marlene Mattos?
- Andréa Sorvetão?
- Juca Chaves?
- Gilliard?
- Richie?
- Stephen Fry?

Um email e um segredinho

Recebi agora o seguinte email:

Alguns conheceram o Schubert , Franz Schubert , um poodlezinho branquinho , filho do Rai , ( que era do meu pai e foi se o ano passado) , nascido em 1o de dezembro de 1993 e foi se hoje , 27 de julho de 2009. Estamos todos em casa muito tristes. Ainda naõ contamos par a Luisa , que esta em Floripa , ainda não resolvemos se contaremos antes dela voltar , por favor , se falar com ela naõ conte. [...]

Após ler esse email, favor se lamentar pelo Schubert e não contar nada pra Luisa. Fica só entre nós. OK?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Simonal e os comunistas alemães

A cada final de semana eu ia perdendo mais a chance de ver o filme Simonal - Ninguém sabe o duro que dei. Chegou ao cúmulo (1ª vez na vida, acho) de eu chegar ao cinema e ter acabado os ingressos para essa sessão. Só tá passando no Unibanco 5, mas sabadão eu finalmente consegui. Cláudio Manoel, o eterno Casseta Massaranduba, é quem dirige o documentário com um zêlo bonito por mostrar os aspectos ricos da carreira do Simona, construir um ídolo e depois deixar os fatos expostos para que o espectador julgue se ele mereceu ou não cair no ostracismo. Se não é jornalista, o diretor bem que conseguiu um equilíbrio ímpar entre arte e fatos digno da tão sonhada imparcialidade supostamente buscada no jornalismo e em documentário.

***
Também passei pelo cine Bombril (tá bom, bem cuidado), onde vi O Grupo Baader Meinhof Komplex, bom filme alemão que conta a história real e importante de um grupo revolucionário alemão surgido no final dos anos 70 com o objetivo desenfreado (e desnorteado, muitas vezes) de conter uma possível volta do fascismo. Atentados a bomba, assaltos a banco e sequestros faziam parte das ações do grupo. Mas, com a prisão dos líderes, Andreas Bader e Ulrike Meinhof, os rumos e ideais políticos da facção desandaram e desastrados sequestros e ameaças acabaram tragicamente. Um pouquinho demorado, mas vale o ingresso e a aula de história recente.


Um gordo sobe, o outro cai

Em tarde do ex-gordo Obina, o gordo oficial mais querido do Brasil cai e quebra 2 dedos da mão esquerda, aquela já zicada pela tatuagem de Dani Cicarelli. Será o começo da nuvenzinha negra do Curintia?
Por falar em nuvenzinha, vale assistir esse filminho da Pixar (bem, curtinho), dica do www.twitter.com/dgasparetti

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Diálogos de Itaquera

- Ai, eu adoro "iorgute".
- É iogurte, gênia!
- Eu sempre falei assim, é melhor que falar "holoforte".

***
- Tô com frio.
- Põe uma blusa, Cris.
- Daí eu fico sufocada.
- Então compra um aquecedorzinho pra deixar do lado da mesa.
- E desde quando dálit tem direito a esses luxos!?

***
- E aí Dona Lazinha, como tá o seu marido?
- Voltou pra casa.
- Ah que bom, o que o médico disse?
- Que o rim dele tá infeccionado e que o coração tá muito inchado.
- Nossa, ele tá mesmo ferrado.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Nova seção

Sempre quis fazer umas seções no blog, pra galera meio que ter um motivo a mais para ler (ou não) esse papinho mole postado por aqui. Pensando nisso e analisando a diversidade de tipos que entram na minha sala aqui no trabalho para bater papo, fazer perguntas sem sentido, azucrinar, pedir informação, dinheiro ou comida, eu tive a idéia (fraca?) de criar a primeira:

Visitante Inusitado

E quem inaugura nosso cantinho (agora me senti a Hebe convidando o Zezé di Camargo pra sentar no sofá) é uma pessoa importante, uma autoridade, um oficial da lei: Inspetor Moura, da Guarda Civil Metropolitana. Óculos charmosamente arredondados de fundo de garrafa, tem um olhar de vô, bem ó positivo, como indica o tipo sanguínio ao lado do nome pregado no peito. Meio atendente de McDonald's essa parada de nomezinho na roupa, né?

Boné milimetricamente alinhado. Pô, é a primeira vez que alguém armado entra dentro da minha sala, pelo menos que eu saiba. Confesso que, mesmo diante de alguém aparentemente tranqüilo e falando com a mais absoluta serenidadedade sobre suas atribuições cívicas, não dá pra ficar sussa sabendo que o cara tem 6 balas de um treizoito pra fazer o que ele quiser e que antes pode me algemar e torturar, e zás. Um cara acessível, que quer servir a população, só que com aquele medo de se molhar clássico dos GCMs. Mas ao final do papo vi que ele não me dá tanto medo assim. No máximo, o mesmo medo que um atendente do McDonald's pode despertar: o de sabotar teu cheddar mc melt.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A cara dos noivos, a cara dos convidados

Numa empresa, o clima dos funcionários é reflexo claro do espírito dos que comandam o negócio. Se quem lidera é ansioso, a empresa assim será. Se, pelo contrário, o comandante é mais zen e privilegia o bem estar dos funcionários, é nesse pique que o clima andará. Com uma festa de casamento não é diferente.

Parafraseando Chico e Vinicius, dois amigos meus "deram-se os braços e cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a girar". Gordão e Mirella resolveram que são mesmo um do outro, como muitos (eu incluso) há tempos têm certeza. E a energia que saiu daquela casa no Morumbi foi algo fantástico. E todos num clima excelente-absurdo-frenético de alegria tridestilada, a cara dos noivos.

Desde o pastor, que do alto dos seus 92 anos não aparentava ter nem 70, tamanha a vitalidade e nem ser o pai do Ronnie Von (é verdade!), até o terno branco de linho de malandro carioca dos anos 30 do Gordão, tudo tinha alma ali. A paella extraordinária, os LP's na parede (tinha do Ronnie?), o trombonista soul, Original non stop, papos inusitados, primos juntos na balada, companhia maravilhosa, amigos queridos. Tudo isso somado ao sorriso mais puro do noivos, começam a me convencer de que casamento pode ser algo beeeem mais intenso do que uma noite divertida pra caramba.

Não, obrigado


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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Merece moldura?

Política tem uma aura de coisa séria, formal e pomposa. Fora a energia negativa, do filme mais que queimado por escândalos que se substituem como dentes de um tubarão. Políticos são, antes de tudo, bons de memória e oportunos. Enfim, políticos. E isso eu acabo de conferir com o simpático (e por que não, inusitado) fax (sim, existe isso ainda, meu caro leitor twitteiro, blogueiro e facebookeiro) que recebi de um vereador da base aliada (olha o vocabulário rebuscado de politiquês nascendo aíííí geeente) me cumprimentando pela nomeação ocorrida ontem e já comentada aqui. Favor frisar a crase que apareceu onde não era chamada. E aí, o fax merece moldura ou não?

Prezado Sr. FELIPE
Quero parabenizá-lo pela nomeação e desejar-lhe sucesso frente aos novos desafios.

Acredito que, com verdadeiro empenho e dedicação é possível continuar às (sic) realizações das políticas públicas. Seu potencial enriquecerá ainda mais este departamento. É preciso suprir as necessidades dos munícipes para gerar cada vez mais qualidade de vida.

Um abraço,
Paulo Frange
Vereador
2° Vice Presidente da CMSP

Agora pensa numa ressaca

Não tem jeito, depois da euforia vem aquela tristezinha. E essa sexta foi só isso. Por enquanto.

(twittando por aqui mesmo, já que o twitter é bloqueado pela PMSP).

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O bom filho à casa torna

MASP cheio fazia tempo que não via. Exposição de um paulistano que foi dar certo lá fora e voltou pra cá na condição de artista consagrado. Fila grande, observadores empoleirados um atrás do outro, indianamente. Montinhos na frente dos painéis explicativos. Trânsito fluindo até que bem. Muito "engana-olho" (= ilusão de ótica) nos trabalhos nas paredes, boas sacadas artísticas abundam da cabeça desse tal Vik Muniz. Há séculos eu buscava ver direito o trabalho dele de um jeito que não fosse uma ou outra foto solta no jornal, na web ou em capa de disco dos Tribalistas.

E me encantei em alguns momentos. Recomendo o vídeo que descreve os processos criativos, as imagens e a metodologia são às vezes mais bacanas do que o resultado das obras em si. Tem releituras de Warhol em materiais que vão de lixo a soldadinhos de plástico, carcaças de monitores e CPUs velhos formando um mapa mundi, Liz Taylor em molho de tomate ou calda de chocolate. O cara tem sensibilidade e isso vale o aplauso.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Decoração e pagação na terra dos equínios

Tinha pompa, frescurinhas e um monte de frufrus desnecessários. Gastou-se muito material à toa e não tenho certeza de que tudo será reciclado ou reutilizado de um jeito adequado. Gente embonecada, pagando de bacana, no mais puro espírito "come mortadela e arrota peru". Perfumes excessivamente adocicados, muita chapinha no cabelo e etiquetinhas Diesel all over. No ar, muita preguiça de usar as pernas, carrinho de golf como transporte.

Não, não estou falando da Fashion Week, mas da CasaCor, evento que nem preciso apresentar, mas que termina hoje no Jockey Clube. Passei por lá ontem e curti muita coisa. Claro que a ótima companhia, com passeio guiado de especialista (não mala e muito interessante), além do fato de não desembolsar um único quinhão (pindaíba mode on) contribuíram para a experiência agradável. Fora que o Jockey é um espaço do cacete, agradabilíssimo, arborizado, quase oásis ao lado da Marginal Pinheiros.

Alguns detalhes chamaram atenção, como a coluna de plantas na entrada, as bolas de madeira no jardim, a piscina semi-olímpica de ladrilhos azulados maravilhosa, o biombo baixinho, a colher gigante, o quarto de brincar da molecada, a cadeira com bunda embutida, o revisteiro cocota de Ipanema e o chinelo que sai do carpete ao lado da cama. Alegra perceber que há gente espirituosa dentre os decoradores blasés, e que o garimpo de sutilezas faz o evento valer a pena.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Senado spooky wooky

A The Economist, mais influente revista de economia e política do planeta, publicou uma matéria chamando o Senado brasileiro de "Casa dos Horrores" já no título e no sugestivo subtítulo disparou: "o que os políticos britânicos podem aprender com os senadores brasileiros". A matéria frisa o escândalo dos atos secretos, da mamata das passagens aéreas e o homem que não larga o osso. Além disso dá um cutuco em Lula, afirmando que este "se mostra disposto a fechar os olhos para escândalos quando lhe convém".

A piada do dia é que parece que o síndico do castelo fantasma resolveu fingir que criou vergonha na cara. Agora o bigodudo dono do Maranhão resolveu tentar mostrar que quer resolver alguma coisa e prestar contas ao povo que ele tanto adora (roubar). Decidiu que todos os 663 atos scretos realizados nos 14 anos de gestão do diretor geral Agaciel Maia. E mais, que nego que recebeu salário e não conseguir provar que trabalhou vai ter que devolver a bufunfa pros cofres públicos. Inclusive a parentada dele.
Ele finge que me engana e eu finjo que acredito.

domingo, 12 de julho de 2009

Olha a pegadiiinnn

O eterno rei do gluglu, o poeta do rááááááá, o profeta do iéié e de outras onomatopeias sem sentido, agora solta o verbo no stand up. Nada brilhante, mas vale muito a pena pra começar a semana no mais puro humor pegadinha style! Rááá!

terça-feira, 7 de julho de 2009

Mais unzinho

Esse post é sobre as vidas que a volta dá.
Sei lá, é o de número 300 nesse blog. To tentando escrevê-lo há dias e não sai assunto nenhum. Para justificá-lo pensei em Esparta, em somas absurdas à la Zagallo, em triangulações imbecis, mas minhas habilidades matemáticas não resultavam em algo plausível ou engolível.
Fica o número, só mais um. E a vontade de fazer mais muitos.

PS: começou a ser rascunhado em 07/07, mas só foi ao ar dia 12/07. ficou a data antiga.

Arriscando uma piada sem graça

Como blogueiro (pseudo) desocupado reparei no nome da única menina que sobreviveu ao desastre aéreo com o Airbus da Yemenia, nas Ilhas Comores: Bahia Bakari.
Isso mesmo, o nome da mina é Bahia! Pronto, tá explicado porque ela ficou com preguiça de morrer.
Aqui.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Uma nova dimensão do conceito de "roubada"

Avião tenta pousar três vezes no Recife e vai para Maceió
Previsão de chegada da aeronave era 0h45 desta segunda-feira.Voo só chegou por volta das 7h com passageiros vindos do Rio.

***
E teve uma galera que não quis nem saber e pegou um busão de Maceió pra Recife. Três arremetidas é sinal mais que suficiente para confiar no bom e velho São Geraldo.

Seu dia vai ser estranho se:

- Você acorda cantarolando "ela tá dançando e o pimpolho tá de olhooo".
- Você veste camisa amassada pra não entrar no quarto do teu irmão e ter que acordar ele (que tá de férias do colégio) só pra pegar uma passada.
- Você decide que é melhor levar pra ler no metrô o Casa&, o caderno de TV e o Aliás em vez das notícias de hoje, já que parece que seu domingo nem existiu.
- Você chega na banca ao lado do trabalho, vê a manchete do Diário de SP sobre denúncias da ex-namorada do Maroni e compra, como bom urubu jornalista que é.
- Você sabe que ápice do seu dia vai ser uma aula teste de violão que você quer fazer pra ver se retoma a antiga forma de "o amigo violeiro da rodinha" depois de 5 anos sem tocar.
- Você entra na cozinha do trabalho pra pegar água e a cozinheira fofa te oferece uma saca de limão que ela trouxe do sítio.
- Você aceita.

domingo, 5 de julho de 2009

Falando errado certo

Desde que virei uma espécie de professor Pasquale da Zona Leste com minha implacáveis pegadas no pé do português super mal falado que ouço diariamente, comecei a perceber que nem só de verbos sem concordância e plurais sem "ésses" se sustentam minhas correções da língua de Reginaldo Rossi (não consegui lembrar de ninguém mais glamuroso). Dia desses me peguei corrigindo palavras pronunciadas corretamente.

Explico. Acho que alguns erros de pronúncia deveriam ser incorporados à língua formal. Mortandela é um clássico. É errado, mas é simpático. Eu mesmo, por mais formal que seja a pessoa a meu lado não consigo não chamar tábua de táuba quando vou cortar uma carne ou uma cebola. Além disso, eu que sempre rolava de rir quando a Abelita (secretária do lar por 15 anos) dizia que algo estava "xujo" quando estava sujo, confesso que ultimamente não tenho deixado de falar salchicha quando vou pedir um hotdog.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Saia da Sibéria e vem pra NET já!

As estagiárias conversando hoje.
- Eu tentei ligar na NET pra instalarem NET Combo aqui em Itaquera.
- Esses dias eu também tentei ver se eles instalavam em São Miguel e disseram que não há sistema disponível para a região.
- Será que a gente mora na Sibéria?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mais uma frase da semana

"Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder."
Millôr Fernandes

Frase da semana

"Pra quem não tem nada, metade é o dobro"
Wendy Blowers

Um brinde

Às surpresas boas da vida.

Um grito rouco

Éramos poucos ali. Uma coisa meio anárquica, sem um líder. Desorganizada, mas com um propósito. Tínhamos um porquê. O Sarney era o porquê. As picaretices dele eram um motivo para os gritos que saiam tímidos e envergonhados. Parece que nossa geração não vê na mobilização popular a força que ela realmente tem. (Aqui, pra assinantes Folha e UOL)

Sinto que perdemos a coragem de protestar. Vale ficar bravo na mesa do bar, no blog, no twitter. Por sinal, foi pelo tag #forasarney no twitter que começou a se espalhar essa idéia. O Masp é o lugar, parece que foi feito pra isso: central, abrigado da chuva e com uma marquise que ecoa.

Poucos, sim. Mas os que ali perderam (ou investiram?) uma hora de seu dia apenas mostraram que conseguem dedicar um pouco de seu tempo e esperança para mostrar descontentamento. Fazendo um pouquinho só. Qual é a repercussão de você resmungando do Sarney aí atrás da sua mesa?