Parecia que todo mundo ali naquele metrô iria perder um avião, que tavam correndo desperadamente ao aeroporto no último minuto, que já tinham se passado 10 minutos da última chamada para o vôo XX 69 171. Correria demente, faltava 1h30 pro jogo ainda. Quando faltava só meia hora todos pareciam que iriam matar um. Bar, amigos, só os amigos dos amigos, pouca gente, muita cerveja e coxinha. Surdo, pandeiro, repique e corneta, aka vuvuzela. Orquestra disso tudo, organizada, nego era bom, tinha ritmo e tudo, e olha que eu ainda não tinha tomado. Xingar Galvão, zoar o Arnaldo, fazer piada com o juiz e o amigo careca, tudo ali. Tensão, uhhhs, ahhhhs, viiiixes. Tudo explodindo, tudo nervos, mas impressionantemente organizado. Bola na trave, breja quase no chão. Unhas, cutículas, braço da amiga, tudo é bolinha anti-stress. Rir, de galera esse é o melhor remédio, que dúvida. De repente, a bola tá lá dentro. Grito. Abraça até os amigos dos amigos dos amigos. Já que é só a cada quatro anos que se tem essa intimidade, bora aproveitar. E se sentir estranhamente querido, aceito e brasileiro.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Catarse coletiva
Parecia que todo mundo ali naquele metrô iria perder um avião, que tavam correndo desperadamente ao aeroporto no último minuto, que já tinham se passado 10 minutos da última chamada para o vôo XX 69 171. Correria demente, faltava 1h30 pro jogo ainda. Quando faltava só meia hora todos pareciam que iriam matar um. Bar, amigos, só os amigos dos amigos, pouca gente, muita cerveja e coxinha. Surdo, pandeiro, repique e corneta, aka vuvuzela. Orquestra disso tudo, organizada, nego era bom, tinha ritmo e tudo, e olha que eu ainda não tinha tomado. Xingar Galvão, zoar o Arnaldo, fazer piada com o juiz e o amigo careca, tudo ali. Tensão, uhhhs, ahhhhs, viiiixes. Tudo explodindo, tudo nervos, mas impressionantemente organizado. Bola na trave, breja quase no chão. Unhas, cutículas, braço da amiga, tudo é bolinha anti-stress. Rir, de galera esse é o melhor remédio, que dúvida. De repente, a bola tá lá dentro. Grito. Abraça até os amigos dos amigos dos amigos. Já que é só a cada quatro anos que se tem essa intimidade, bora aproveitar. E se sentir estranhamente querido, aceito e brasileiro.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
À vontade
quarta-feira, 23 de junho de 2010
O prato, a chave
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Hoje eu acordei feliz.
Mal respirei, entre um gole e outro de cerveja. Um grito e outro de raiva. Um sorriso e outro, uma piada e outra. Sem Galvão para xingar, tinha um cara sem sal do Sportv, foco no jogo. Esparramado no pufe, risada, risadas. Grita, pô, seleção é tradição. Pintura modernista do primeiro gol, passe incrível do Ricardo. E depois, uma obra impressionista de Luis Fabimano (de Diós), inspirado em Monet e Pelé, conectados por algo mais que uma rima. Chapéu em cima daqueles monstros é coisa de moleque folgado. Que bom. Se esse é o tal ópio do povo, confesso que ontem fiquei doidão. E hoje eu acordei feliz.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Tudo pessimista
terça-feira, 15 de junho de 2010
Silêncio remédio
Muito silêncio por aqui. E o silêncio nunca vem só, traz pensamento embutido. Tenha certeza, nobre leitor, de que pensei em muita coisa nesses tempos e que nem de longe aposentar esse blog passou pela minha cabeça, deixar morrer só a chatice. Não dá, é automático, de vez em quando preciso espirrar por aqui e ser feliz. Não que não estivesse sendo esses dias, mas tava preocupado demais sendo eu mesmo. Sendo feliz de verdade, longe do mouse e do teclado, muito embora vendo eles quase que diariamente. A rotina é só ela, normal. Ver além do normal é privilégio que me foi dado não sei como e não sei por que. Mas não faz tempo e parece que uma estúpida clareza me tem arregalado os olhos ultimamente. Tem sido bom, espero que dure.
Silêncio é paz, respiro. Intervalo é melhor que pressa, que “pra ontem”. Silêncio é remédio, trabalha incansável para curar feridas, sanar dores. Adoro seguir lentamente apressado nesse mundo em que tudo já nasce velho. Me sinto novo a cada dia que se acaba de velho. Que os gritos das cornetas acordem de novo essa página, que voe aos ventos, que sacoleje ao som dos tambores desse tsunami que a cada quatro anos chacoalha essa terra. Férias ao silêncio porque ele tá precisando!
