domingo, 20 de março de 2011

Desorganizando eu posso me organizar

Encontrei com o que eu era ontem. E anteontem, há muitos anos, e sempre. Dei de cara comigo mesmo naquele monte de coisas que acumulei por toda a vida. Não mexia naqueles armários e gavetas ha uns 15 anos, retirei 5 sacos de 100 litros no total, 3 foram para o lixo, 2 para doação. Carrinhos, suvenirs, fotos, livros, diários de viagem, bilhetes e outras milongas. E foi vindo coisa, lembrança.


Veio cartão de visita de político picareta, broche de NY, camiseta da sexta série assinada (com xingamentos e tudo!), pilha velha. Roupinha de quando eu era bebê, faca de mergulho, livro de auto ajuda, disco de hockey. Ou quem diria que eu reveria aquele pingente que eu ganhei de alguém que foi importante? Um rótulo de cerveja que lembra uma noite incrível, um livrinho de piadas do Ary Toledo. Miniaturas de torres, Eiffel e Pisa.


Mini coleção de foto 3x4 de gente que eu não faço nem ideia do que está fazendo da vida. Mas que foi especial. Letras de música que eu copiei, letras de música que eu inventei, letras de música que eu rasguei, mas não tive coragem de jogar fora. Estojo de aquarela, manuais de instrução, credenciais esquecidas de eventos inesquecíveis.


Carteirinha de estudante/passe de ônibus de 2002, e a de 1998 e a de 1999 também. Apostila de cursos de formação em esportes perigosos, livro com foto de todos do colégio, caneca com a Union Jack que eu não faço a menor ideia de como veio parar aqui.


Disquetes com toda minha (pouca) produção intelecutal até 2005. Radiografias, bolos delas, não sei como posso ter quebrado tanto osso. National Geographics antigas e lindas, colares e pedrinhas que ganhei de presente. Playboy da Feiticeira autografada.


Apareceu Nevermind do Nirvana, em k7, comprada no Hotel Taj Mahal em Mumbai (aquele que em 2008 foi invadido por atiradores, lembra?). Achei também muita coisa que não faz mais parte de mim. E só guardei o que valerá a pena lembrar na próxima arrumação.

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