segunda-feira, 18 de maio de 2009

Driblando Sampa pra manter os laços

Em bom português: somos uma caralhada de primos. É isso mesmo, não tem jeito. É cada um com sua vida, seu trabalho, seus pepinos, seus desafios, suas paranóias, seus dentistas atrasados, todos com as geladeiras mais vazias do que salameria em Acapulco. São Paulo tem nome de santo mas faz o diabo pra separar as pessoas. Sim, sempre nos pegamos dizendo que o mundo é desse tamaninho e que todo mundo que conhecemos conhece alguém que acabamos de conhecer. Legal, conhece, mas e daí? Quem consegue marcar um café com 1/3 das pessoas que gostaria?

Lutando contra esse imã do "hoje não vai dar", uns 10 ou 12 primos tentam se encontrar esporadicamente para fazer o nosso papinho mole amolecer ainda mais. Quem sabe porque, no fundo, todos sintamos que o encontro natalino não basta para mantermos sólidos os vinculos. Não, não é nenhuma tortura tomar cerveja e petiscar com os primos. Quem sabe muitas vezes eu rio mais com eles do que com meus amigos de sempre. E, como na última sexta-feira, saio de lá com a aliviante sensação de que ainda riremos por muito tempo. A maioria já meio altinha, sentimentos mais que verdadeiros, pelo menos mais aflorados que durante os natais.

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