terça-feira, 11 de agosto de 2009
O êxodo dos objetos
E de repente me perguntaram se eu tinha um transferidor em casa para emprestar.
Sabe quando você tem que pensar, repensar e até ver se a pessoa tá mesmo falando a sua língua? Fazia tanto tempo que eu não pensava nesse objeto, saiu da minha vida assim como as equações, as derivadas e as triangulações. Seno e cosseno viraram flagelados do meu intelecto há mais de seis anos, definitivamente, espero. O êxodo da utilidade levou isso tudo naturalmente da minha rotina.
Assim como levou o meu taco de hockey, camisetas do Charlotte Hornets com personagens Lonely Tunes, mini-craques da copa de 98, bolinhas da Coca-Cola das Olimpíadas de Atlanta 96, minha munhequeira, meu tênis Topper de futsal (mea culpa tardio pelos meus gols contra), o castelo do He-Man, carro do Batman, meu navio de Lego, a flauta doce Yamaha, o tênis Rainha System, o pogobol, meus patins in line, meu boné do Mighty Ducks, aquela mola chata de passar de uma mão pra outra, cigarrinho de chocolate Pan, Mentex original, figurinhas das Tartarugas Ninjas, do Campeonato Brasileiro e da Copa de 90, carrinhos de Super Massa, Playmobils de circo, carros de polícia e até guindaste. E até uma miniatura da Ferrari do Rubinho partiu (lentamente, mas se foi também), só que desta eu não sinto falta.
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Desabafa, querido.