segunda-feira, 3 de maio de 2010
Each one, each one
Ela aparece toda pintada de boneca, exercício da faculdade. Teatro é coisa de boneca, diria meu avô. Minha calça bali colorida contrasta com a camisa do meu clube, listrada vermelho, preto e branco. Ela avexada porque pegou metrô daquele jeito, eu insandecido porque meu time chutava a gol havia mais de meia hora sem parar e não colocava uma mísera bola lá dentro, cazzo. Passou lencinho umedecido e tirou a maquiagem. Ficou indignada que eu coloco camisa de futebol para ver futebol sem estar num estádio de futebol. Debochou sei lá de que. Minha garganta já ardia de tanto xingar nego perna de pau que joga bola parecendo funcionário público que só que caia logo a caneta. Ela queria contar histórias da faculdade, e eu do jogo. E no final acho que com pênaltis, gritos e xingamentos a torto e a direito, a gente conversou. Aliás, é do João Ubaldo o livro ótimo que você tá lendo, né?
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Desabafa, querido.