Os caras que tiraram 20 milhões de reais daquela transportadora na Lapa, no domingo passado, seriam absolvidos no meu reino. Sim, qualquer pessoa com bom senso, senso de humor e vivendo num mundo cretino desses sabe que conseguir arquitetar um plano desses nos dias de hoje sem ninguém vazar nada durante meses é tarefa para poucos.
Em tempos de comunicação veloz, de tudo agora pra ontem, de privacidade beirando os índices de crescimento dos países europeus em 2009, eu acharia completamente plausível a notícia de que um bando foi preso enquanto cavava um túnel. Normalmente é assim que funciona. Os empresários de transportadoras, seguradoras e banqueiros financiam uma espécie de "fundo de incentivo" para que policiais supostamente evitem esses desaparecimentos súbitos. Ainda bem que nem sempre é assim.
Quando a super rede de meganhas falha, a coisa fica mais divertida para nós, simples espectadores. Quem é que não imaginou as cenas cinematográficas que aconteceram no último domingo, enquanto o país inteiro, inclusive os porteiros da firma (óbvio) torcia inquieto por seu time preferido. É quase como o roubo do "Onze Homens e um Segredo", que acontece durante uma grande luta de boxe em Las Vegas. Haja espirituosidade!
Mas a batata dos “tatus cover” começou a assar porque a turma da bufunfa tomou um preju e duplicou a recompensa pros tiras (já reparou que ninguém, além da Rede Globo chama puliça de ‘tira’?), que dali dois dias já tinham achado a turma que ficou com o troco. Mas a chefia, nada, ainda bem.
Queria aproveitar a humilde abrangência global deste blog para deixar um salve para os artistas engenhosos que fizeram a fantástica instalação da Lapa:
Caro amigo, você que rapou a bolada, boa sorte. Quem sabe não sobra um troco pelas dicas que eu quero te dar. Cara, a primeira: Run, Forest, run! Some daqui, não fica pelo Capão nem pela Brasilândia, descubra uma cidade e a batize com um nome novo, crie um ponto novo no mapa. De preferência fuja do Google, porque se vacilar só um pouquinho ele já te acha.
Troque o dinheiro aos poucos, enterre o resto num lugar em que você jamais pensaria, porque os banqueiros vão pensar. Se tiver um esquema de jatinho agilizado, parta sem hesitar rumo ao estrangeiro tipo Paraguai ou Bolívia, se é que podemos chamar isso de exterior. Consulte o melhor plástico que o mercado negro puder providenciar, mas cuidado: não peça indicação ao Abadia!
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Desabafa, querido.