segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
A risada mais gostosa do mundo
Ela ri e não é para não chorar. Brinda o mundo com espasmos tão espontâneos que contagia até os mais céticos. Pode estar feliz, como sempre a vejo. Ou chorando, como poucas vezes presenciei. Sabe quando os olhos de alguém fazem festa ao te ver? Ou ao te contar uma história em que se envolveu, de corpo e alma, pra variar. Pode ser irritante alguém que consegue rir de coração, com o coração, sem esforço. Não se trata de bobismo, alguém que só sabe sorrir. Eis a diferença entre o riso e o sorriso, o sorriso pode até ficar ali, estampado, tal qual um rabisco numa carteira. O riso é efêmero, um sopro. Você sente quando é de verdade. Gargalhada transparente; contagiosa como um bocejo num final de tarde num transporte coletivo. Verdadeira aula para quem sorri e não mostra os dentes; pra quem está ali mas não está.
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Desabafa, querido.