Quando não sabem o que vai acontecer numa crise, os economistas dizem que o futuro é incerto, o que é óbvio até pra Mãe Dinah. Se fosse certo, eles dariam a resposta certeira e fariam (quase) todo mundo deixar de perder dinheiro. Já os mecânicos são uma espécie à parte, dois minutos bastam para dar um diagnóstico, sempre com cara de certeza, é a certeza certamente duvidosa. Especialmente quando dizem que "com certeza vai ficar pronto na terça-feira".
Policiais também enfrentam esse problema sempre que são confrontados a um crime mais bem planejado que a média, coisa assaz rara no Brasil. "Não há pistas”, “há poucas evidências” e “não há testemunhas”são as principais desculpas para o arquivamento de dores de cabeça. Negligenciar é quase um remédio. Na real, a omissão é o mais ilusório e paliativo dos medicamentos.
Por falar em medicamentos, uma categoria campeã em ornamentar pontos de interrogação é a dos médicos. Algumas vezes cheguei ao PS com tamanha certeza de que seria diagnosticado com “virose”, que apostava somas consideráveis. Nunca perdi. Sempre que um médico constata que não sabe o que você tem, você tem virose. É batata.
A virose é um nome que inventaram para tudo o que não se consegue resumir, definir, visualizar. A previsão do tempo que simplesmente não tem nada a ver com o que os meteorologistas falaram. O filme que o jornal deu 4 estrelas e que você não agüentou ficar até a metade. A derrota do seu time, que era favorito contra aquele mistão do clube adversário já classificado. O final previsível de um filme que tinha tudo para ser surpreendente. A virose é a própria explicação para o que não dá pra explicar.
É...e ainda faltou o mais importante de tudo isso de tudo isso....Como diria meu velho e bom Chico: O que será? rsrs
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