Muito silêncio por aqui. E o silêncio nunca vem só, traz pensamento embutido. Tenha certeza, nobre leitor, de que pensei em muita coisa nesses tempos e que nem de longe aposentar esse blog passou pela minha cabeça, deixar morrer só a chatice. Não dá, é automático, de vez em quando preciso espirrar por aqui e ser feliz. Não que não estivesse sendo esses dias, mas tava preocupado demais sendo eu mesmo. Sendo feliz de verdade, longe do mouse e do teclado, muito embora vendo eles quase que diariamente. A rotina é só ela, normal. Ver além do normal é privilégio que me foi dado não sei como e não sei por que. Mas não faz tempo e parece que uma estúpida clareza me tem arregalado os olhos ultimamente. Tem sido bom, espero que dure.
Silêncio é paz, respiro. Intervalo é melhor que pressa, que “pra ontem”. Silêncio é remédio, trabalha incansável para curar feridas, sanar dores. Adoro seguir lentamente apressado nesse mundo em que tudo já nasce velho. Me sinto novo a cada dia que se acaba de velho. Que os gritos das cornetas acordem de novo essa página, que voe aos ventos, que sacoleje ao som dos tambores desse tsunami que a cada quatro anos chacoalha essa terra. Férias ao silêncio porque ele tá precisando!
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Desabafa, querido.