Vi parte da minha vida passar na minha frente. Não, não foi cena do último salto, de uma pane de paraquedas, de um quase atropelamento ou colisão de carro. Foi cinema mesmo. Não, ainda não tive minha biografia adaptada para as telonas. Nem daria muita coisa, devo admitir. Vi tudo isso apenas olhando para um lugar, um cenário de filme.
Um lugar é muito mais do que o lugar
Os personagens, sim, algumas associações. Alguns me lembram algumas pessoas, adolescência, professores, gente bacana, ou trouxa. Ou eu mesmo. Nunca tinha sentido isso, mas me vi na tela, não no personagem principal, mas no todo, no conflito, no drama, no espaço. Mergulhei talvez nas minhas memórias mais inconscientes, no que me formou como pessoa, nos meus pilares. Meditei bastante a respeito depois do filme e quem sabe a única conclusão seja de que um lugar pode significar bem mais do que parece.
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Desabafa, querido.