Tinha um cara olhando de rabo de olho. Ele viu você, eu e toda a maldade do mundo entrando naquele elevador. Cochilando na sua poltrona, com a câmera fazendo o trabalho dele. Os olhos fechados mas nem tanto, a borda de pizza fria no canto do prato. O entusiasmo com que a gente passou por ele deve ter contagiado por osmose o porteiro Hélio. Pilha daquele tesão que não cabe em palavras. Que preguiça de acordar amanhã, podíamos inventar uma desculpa daquelas tão esdrúxulas que até nós mesmo acreditaríamos. E perder tempo, ganhar tempo, perder tempo, ganhar. Porque coisas produtivas não têm necessariamente um produto final palpável. A ideia é outra, muito mais eficaz. Vamos produzir histórias e memórias. E o que mais tiver faltando.
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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Desabafa, querido.