quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pela capa

A gente tá acostumado desde pequeno a julgar as coisas pelo que enxergamos. A primeira impressão sempre mandou porque estamos acondicionados e agir de acordo com uma porção de ideias e conceitos que nos foram embutidos desde pequenos e que nos fazem tomar nossas decisões. Ao comprar livros em sebos e livrarias, agimos assim. E com pessoas não é diferente.

Quem não julga um livro pela capa ou não nasceu no século XX ou tá mentindo. Claro que há ótimos livros que se salvam já pelo título, e também deve-se levar em conta que nem sempre a capa estampou algo mais do que os nomes da obra e do autor em caixa alta.

E ninguém se interessa (primeira impressão) por alguém se não tem afinidade por 'livros' daquele tamanho, cor, estilo. Se a arte da capa não empolga, vamos ao título. Nome em geral é mais pra criar aversão do que afinidade. Tem os 'normais' e os exóticos. A maior parte dos normais se atraem. Vira e mexe aparece um nome exótico que traz de quebra alguém bacana.

E o conteúdo, é igual a comprar livro. Se envolver com alguém é tarefa engraçada. Você folheia naquele começo, bate os olhos em alguns parágrafos, escuta umas histórias, pode dar umas risadas, se prender à leitura. Ou não.

A gente compra gente pela capa, pela folheada, pelo prefácio que algum amigo que te apresentou escreveu naquela mesa de bar. 'Você precisa conhecer uma amiga minha...'. Depois tem o primeiro capítulo, que é sempre delicado. A imersão. O segundo, o roteiro tem que fazer sentido. Se chegar até a página 50 sem ficar de saco cheio é bom sinal. Se passar da 51, vai tranquilamente até o fim.

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