segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Silêncio, felicidade e bifinho

Voltei, Recife. Ou São Paulo, tanto faz.
De uma prosa com minha vó, feliz e alegre por meu ouvir contar alguns causos da minha semana de andanças pela Estrada Real, quatrocentos quilômetros de estrdas de terra pelas Minas Gerais. Ela feliz por me escutar e eu feliz por saber que qualquer notícia engrandece seu dia. A cada curva da estrada que lhe relatava, escutava seu sorriso do outro lado. Bom fazer uma senhora de 88 anos sorrir. A energia chega rápido. Aliás, sou meio monotemático, já que o antipenúltimo post foi sobre ela também. Mas o silêncio é pai de todos os verbos, então não custa nada falar e bordar sobre o que me faz bem. A véia está acostumada comigo a chamando assim. Nada de falta de respeito, Dona Lucy tem o raro dom de saber rir de si mesmo. Sobre as novidades, debocha. Tudo parado, quando você vem aqui? Tudo bem, quando passar a correria você vem. Só avisa antes pra eu preparar uma comidinha boa, tá? Claro, eu nunca vou sem avisar. Aliás, sinto saudade permanente do seu arroz e do seu feijão e não tem semana no interior de Minas que satisfaça ou amenize essa angústia do seu arroz com feijão. Sem falar no bifinho - de fígado ou não - acebolado. Acho que o sorriso dos meus olhos quando come ele te inspira, né vó? Bom demais essa coisa de poder agradar, né? Também sinto isso quando te ligo. Seu telefone vai tocar.

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Desabafa, querido.