quinta-feira, 28 de maio de 2009

Impressões de um terreiro anacrônico

Não é carnaval. Mas em plena terça-feira estávamos ali, metade do dia passada, na hora em que as lombrigas estão dando duplo twist carpado, sol ignorando definitivamente a camada de ozônio, belos negros e mulatas (e outros nem tão belos) faziam um ziriguidum típico de fevereiro. Roupas brancas e vermelhas, muitas com lantejoulas, outros com detalhes e camisas exaltando a paixão pela escola. Leandro de Itaquera, 26 anos de história e tradição no Anhembi.

O surdo marcava o compasso, com mestre de bateria e tudo. Coisa pra gringo ver. Mas ver o quê? Era inauguração das obras do primeiro clube escola de samba da capital. Um clube escola é um espaço da Prefeitura onde a população pode ter aulas gratuitamente em diversas modalidades esportivas com professores qualficados. E a diferença desse clube é que à noite poderia ser usado pela escola para ensaiar e confeccionar adereços para seu desfile.

Seu Leandro dá entrevista pra gatinha RedeTV e Medonha (de chapéu)
olha para alguma coisa mais interessante

A mulata é mais vibe, diz aí?

Fora de época esse carnaval e sem muito o que se comemorar de fato, mas eu me diverti. Aprendi quem são uma porção de pessoas, o que buscam, quem é amigo de quem (na real, porque ali todo mundo dá tapinha nas costas de todo mundo). Mas o mais legal foi a presença de alguns que começam a ficar mais chegados, caras como o Medonha. Finalmente mostro ele. E o Seu Leandro de Itaquera. Sim, ele está vivo e serelepe. Me lembrou muito a série Filhos do Carnaval, que a HBO passou alguns anos atrás e que mostrava as delicadas e nem sempre claras ligações entre os membros da agremiação.


Enfim, um grande fuzuê de políticos, todos disputando a tapas um lugarzinho numa foto. Curioso é que com uma porta-bandeiras tão bonita a bateria tenha que contratar uma madrinha branca. Branca e burra. Mas Sirislene Stefanelli é simpática e bem bonita, no limite da beleza que podemos tolerar que um ex-bbb tenha. Interessante um carnaval fora de época sem periguetes e abadás, pelo simples prazer de inventar um motivo para batucar e arrastar a sandália.

2 comentários:

  1. Eu também queria uma escola de samba de presente de aniversário!

    Seu Leandro, me adota!!!!!

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  2. Pandi, esqueceu de mencionar qual foi a primeira escola de samba em que você desfilou!!!
    Que a LEANDRO DE ITAQUERA te perdoe, mas você já é itaquerence de longa data!

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Desabafa, querido.