terça-feira, 22 de setembro de 2009

Zeca, a cadeira e o francês enrustido




Teatros pequenos, três músicos no palco. Foi assim na quinta, no CCSP, e na sexta no FECAP. Primeiro um showzin de jazz ok com Phillipe Catherine, guitarrista françoá bom, mas travado que só. Que só conseguiu se soltar uns 15 minutos antes de ter que finalizar o show. Mesmo tempo demorou o baterista, que tinha cara daqueles pais que iam nos buscar de pijama das festinhas de 15 anos, a compassar sua habilidade. O contra-baixo era incrível, mais pela estética. Eram três na fantástica sala Adoniran Barbosa, aquela que tem um quadrado em cima-embaixo. Quem conhece sabe que a sala pode ajudar um espetáculo em uns 30%.



Mas foi no teatro FECAP que meu queixo caiu. Nunca tinha visto esse Zeca ao vivo, por isso quis ir. Ultimamente não conheço forma mais agradável de gastar 25 reais. O cara tem uma presença de palco monstra, junto com Swami Jr e Tuco Marcondes, o som e o carisma (quanta espirituosidade!) preencheram o lugar de uma forma inimáginavel para mim. Eu o pensava timidinho, atrás daqueles óculos meio roxos e bregas, que teve o bom senso de não usar.

Cara limpa, sorriso fácil e dedos inspirados. Bom humor tão bom que conversou até demais com a platéia e se arriscou a fazer uma espécie de stand-up comedy sentado. Brincou com versos sem sentido da MPB "Premium" e ofereceu uma taça de vinho ao espectador que sugerisse uma outra boa pérola. Cantou inéditas, covers e coisas que nunca havia tocado em show. Fez um culto a uma belíssima cadeira que colocou para ornar o palco, já que segundo ele é linda, mas desconfortável para tocar. Pediu luz constante nela, piada non sense, também nem precisava. Tens até domingo para ver, a temporada deve virar disco ou DVD. E deve marcar época também.


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