quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Teste de VT 2 - O Retorno

Mais uma vez fui tentar arrumar um troco extra como ator. (A primeira roubada você pode lembrar aqui) Pô, embolsar dois pau num dia pra mostrar a carinha num comercial, só diria não quem cobra cachê mais alto que isso.

Enfim, a novidade agora é que tinha texto. Oh yes, tive que fingir pra mim mesmo que sei decorar. E atuar. Nem meu CPF eu sei direito. Na real eram dois roteiros, sendo um exclusivo para quem falasse inglês. Bom, considerei que isso dobrava as minhas chances, então se não pegasse o papel em língua mãe, pelo menos no embromation teria chances.

Em um dos roteiros interpretava (será que eu sei fazer isso?!?!) um aspone, que, sentado ao lado de um colega trabalhão observava o colega mais agilizado que atendia (em inglês) um tal Mr. Jobs ao telefone. Nós ficávamos intrigados e eu fingia digitar no Google o que queria dizer "job" e a partir daí tínhamos que improvisar um bate papo bobo. Pra você rir: o tal Jobs ao telefone era supostamente Steve Jobs e a propaganda era de uma faculdade de TI que ensina ínglichi também.

Mas o teste naufragou mesmo quando me lancei no idioma de Susan Boyle. Sentia-me como um candidato de show de calouros ali diante de uma diretora assaz interessante, do câmera e de um faz tudo. Ela bem que tentou me incentivar, descontrair. Eu descontrairia fácil num bar tomando uma com ela, mas ali o nervosismo predominava. Parece que ficou óbvio. Até eu começar a rir.

Minha cena: o celular toca, eu atendo e é ninguém menos que Mr. Gates. Aham, Bill Gates. Pronto, sentiu o nível da faculdade que eu poderia anunciar? Rachei o bico no ato. Tentei de novo, não conseguia para de rir. Concentrei, mentalizei, e depois do terceiro "of course I have experiences on large and medium companies, blablabla..." eu me rendi, a barriga doendo. Nem a gatinha da diretora aguentou, gargalhando ela levantou e me deu algumas coisas:
- A notícia óbvia de que eu não ia fazer aquele papel nem a pau;
- A notícia mais que óbvia que eu não tinha o menor futuro nesses testes;
- A notícia nada óbvia de que eu era o cara mais bem humorado que tinha feito o teste;
- A notíca mais que inusitada improbabilíssima que as risadas que ela deu valeram por muitos castings;
- O telefone dela.

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