O tiozão aí da foto chegou com uma toalha branca enorme enrolada no pescoço. Não sorriu. Viu a luz acender letamente sobre si. Apoiou a mão direita sobre o toca-discos, olhou para o público do Studio SP e mandou um grave, outro, e mais outro. Em troca, ouviu gritos e aplausos. Começou assim um dos melhores shows que já vi.
Afrika Bambaataa é o nome do homem. Padrinho de toda uma geração da black music, suas misturebas como DJ geraram batidas que mais tarde virariam hip-hop e o funk carioca, o Miami Bass. Nego bom, mas não imaginei que seria assim, bom de dar raiva, de xingar. Acompanhado de dois MCs yankees e jogando sons que vão de James Brown a Deise Tigrona e incrementando as batidas, misturando Bee Gees com sei lá o que e sei lá o que com Bee Gees a música ganhava nova roupagem, e ninguém parava de pular.
No Rio vai ter até encontro de Marcelo D2, Black Alien e BNegão. O cara é inspiração de todos eles. E já se fala numa possível volta do Planet Hemp. O cara é um catalizador de energias, um monstro, músico que cria música fagocitando-as. Memorável, inesquecível.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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Desabafa, querido.