sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ora bolas, mais dentro do que fora

Bom, vamos pro balanço dos jogos da rodada, conferir os pitacos do post abaixo.

Barcelona 1 x 0 Internazionale - JOINHA!!!
Muito bom o jogo e que fase do Lúcio, do Júlio César e do Maicon. Torcendo pra Inter, apesar de ser Milan desde bambino.

São Paulo 2 x 0 Universitario (Peru) - BÉÉÉÉ!!!
Empate xexelento por zeroá, com direito a um chute só do Cicinho, jogo de número 900 do Rogério pelo tricolor e piti brabo do Richarlyson, batizado pelo Globo Esporte de Chilicky.

Flamengo 1 x 0 Corinthians (gol de Vagner Love) - JOINHA!!!
Que merda de chutador sou eu que faz previsão sem olhar a simples previsão dos humores de São Pedro. Choveu bagaray no Maraca e o campo tava lamentável. O gordo cervejeiro marcou de pênalti. Só errei o autor!

Atlético MG 2 x 2 Santos - BÉÉÉÉ!!!
O Galo mandou bem e consegui um golzinho de vantagem com o 3a2 em casa, mas vai peagr uma pedrreira na Vila Famosa semana que vem. E os dois do Santos eu acertei! Rá!

Vitória 1 x 2 Vasco - BÉÉÉÉ!!!
Errei, deu 2a0 pro Vitória no Barradão, subestimei demais.

Palmeiras 2 x 0 Atlético - GO - JOINHA!!!
O verdinho ganhou por 1a0 num pênalti roubado e chorado aos 49, sim, QUA-REN-TA E NO-VE do segundo tempo. Crise geral no Palestra. E um jogador do Atlético Goianiense, veja bem o nome do time: ATLÉTICO GOIANIENSE, disse que achou um absurdo ter perdido prum timinho que nem o Palmeiras! Hahaha! É o fim das glórias alviverdes!

Fluminense 1 x 3 Grêmio - JOINHA!!!
Errei só o placar, que foi 2a3, mas o Flu tá com um pé na (quase eterna) crise, mesmo de Muricy novo.

Balanço positivo nos chutes! Bolões da Copa, preparem-se!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pitacos de uma quarta-feira boleira

Provavelmente antes da Copa do Mundo não haverá um dia como hoje. Sim, muito, mas muito jogo clássico e com pinta de belos embates pelo Brasil e pelo mundo. Pra quem curte uma redonda desfilando no tapete é rede chacoalhando na certa!

Aproveitando o ânimo futebolístico e meu envolvimento cada dia maior com o esporte bretão (comprei um clube de futebol - de botão), resolvi dar uma Milton Neves das trevas e tentar chutar placares para os confrontos de hoje e amanhã. Valendo uma cerveja.

Barcelona 1 x 0 Internazionale

São Paulo 2 x 0 Universitario (Peru)

Flamengo 1 x 0 Corinthians (gol de Vagner Love)

Atlético MG 2 x 2 Santos

Vitória 1 x 2 Vasco

Palmeiras 2 x 0 Atlético - GO

Fluminense 1 x 3 Grêmio

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O que não tem explicação

Quando não sabem o que vai acontecer numa crise, os economistas dizem que o futuro é incerto, o que é óbvio até pra Mãe Dinah. Se fosse certo, eles dariam a resposta certeira e fariam (quase) todo mundo deixar de perder dinheiro. Já os mecânicos são uma espécie à parte, dois minutos bastam para dar um diagnóstico, sempre com cara de certeza, é a certeza certamente duvidosa. Especialmente quando dizem que "com certeza vai ficar pronto na terça-feira".

Policiais também enfrentam esse problema sempre que são confrontados a um crime mais bem planejado que a média, coisa assaz rara no Brasil. "Não há pistas”, “há poucas evidências” e “não há testemunhas”são as principais desculpas para o arquivamento de dores de cabeça. Negligenciar é quase um remédio. Na real, a omissão é o mais ilusório e paliativo dos medicamentos.

Por falar em medicamentos, uma categoria campeã em ornamentar pontos de interrogação é a dos médicos. Algumas vezes cheguei ao PS com tamanha certeza de que seria diagnosticado com “virose”, que apostava somas consideráveis. Nunca perdi. Sempre que um médico constata que não sabe o que você tem, você tem virose. É batata.

A virose é um nome que inventaram para tudo o que não se consegue resumir, definir, visualizar. A previsão do tempo que simplesmente não tem nada a ver com o que os meteorologistas falaram. O filme que o jornal deu 4 estrelas e que você não agüentou ficar até a metade. A derrota do seu time, que era favorito contra aquele mistão do clube adversário já classificado. O final previsível de um filme que tinha tudo para ser surpreendente. A virose é a própria explicação para o que não dá pra explicar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Saudade das pombas

Todo dia elas estavam ali, cedo, olhos esticados e atentos. Esperavam o café da manhã. Na verdade era pão da manhã o que aquelas pombas espreitavam todas as manhãs, logo ali, três casas pra lá da minha. Pela porta entreaberta via ele ali, logo cedo, esparramado em sua poltrona com vista para nossa rua sem saída. Uma década e meia vizinhos, sujeito simples, de sorriso gostoso e ventilado, olhos azuis como o céu do último final de semana e cabelos mais brancos que os brancos dos olhos.

Seu Armando ultimamente mal falava “ôôba!”, apenas erguia o braço, um sorriso de quando em vez. Não, nunca trocamos idéias, ao contrário de outros vizinhos. Era uma relação de olhares e cumprimentos sinceros. Eu sempre percebi o quanto ele foi declinando depois que Dona Ana, sua esposa, tomou o rumo dos pombos há uns 4 ou 5 anos. Ele sempre ali, olhar perdido, sentado no quintalzinho com alguns vasos de plantas que praticamente crescem sozinhas. Mas nada de melancolia explícita, era natural, só restou ver o tempo passar. E ele fazia isso placidamente.

Colocava as gaiolas de seus dois canarinhos na varanda, com almeirão pra cantarem felizes. E a felicidade era a garganta de cada um deles ecoando nas paredes de onde os pombos fitavam tudo. Os ratos alados tinham moral, pois sempre me pareceu que Seu Armando cuidava deles melhor que do neto Rafael, que espichava assustadoramente a cada pelada que eu jogava de nunca em vez.

Não foram poucas vezes que pensei em parar e tentar assuntar com Seu Armando uma tentativa de persuadi-lo a parar de alimentar as pombas, já que até ele devia saber que transmitem doenças. Mas ele as tinha como companhia, eram talvez as primas pobres de seus canarinhos amados. E quem sabe tivesse a esperança de um dia cantarem tão lindamente. Na sexta-feira de madrugada Seu Armando partiu para encontrar Dona Ana num mundo onde, quiçá, pombos possam cantar como canários.Talvez lá, porque naquele telhado já não estão mais.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pai de todos

O tiozão aí da foto chegou com uma toalha branca enorme enrolada no pescoço. Não sorriu. Viu a luz acender letamente sobre si. Apoiou a mão direita sobre o toca-discos, olhou para o público do Studio SP e mandou um grave, outro, e mais outro. Em troca, ouviu gritos e aplausos. Começou assim um dos melhores shows que já vi.

Afrika Bambaataa é o nome do homem. Padrinho de toda uma geração da black music, suas misturebas como DJ geraram batidas que mais tarde virariam hip-hop e o funk carioca, o Miami Bass. Nego bom, mas não imaginei que seria assim, bom de dar raiva, de xingar. Acompanhado de dois MCs yankees e jogando sons que vão de James Brown a Deise Tigrona e incrementando as batidas, misturando Bee Gees com sei lá o que e sei lá o que com Bee Gees a música ganhava nova roupagem, e ninguém parava de pular.

No Rio vai ter até encontro de Marcelo D2, Black Alien e BNegão. O cara é inspiração de todos eles. E já se fala numa possível volta do Planet Hemp. O cara é um catalizador de energias, um monstro, músico que cria música fagocitando-as. Memorável, inesquecível.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Amiga

Menina multilados, mas sempre com um norte invisível. Não dá para definir como é, o que é e nem como a gente a percebe. É meio como uma obra de Mondrian, cheia de traços e espaços preenchidos de ideias, porém sem nada quadrado. Simpatia com uns, cordialidade com todos. Sabe fingir que gosta e sabe gostar também, o que, por sinal, faz melhor. Pratica o gostar dos outros de uma forma maternal, às vezes demasiada. Um amigo pode se sentir um filho rapidamente, coisa que pode ser boa ou não, já que filho é chato, mimado e manhoso. Sim, me enquadro nessa categoria com alguma frequência. Mas se é mãe, é uma mãe sincera, aberta e com as opiniões muito, mas muito no lugar.

Aliás, isso vale um parágrafo novo. Os lados louca e sã (demais, até) dela convivem numa harmonia digna de condomínio de um condômino só. Transita do “mode crazy” pro “mode sane” numa fração de risada ou de desprezo. Os óculos que usa são apenas para enxergar de perto, já que visão de mundo, clareza e interligação dos fatos ela tem de sobra. Sobra tanto que às vezes até irrita o quanto ela percebe bem o mundo, os trejeitos das pessoas e o que é bom e ruim nelas.

Se precisa de óculos para ler textos, o mesmo não se pode dizer dela para ler pessoas. “Ler” pode envolver, claro, preconceitos e idéias pré formadas, mas ela tem um cazzo duma intuição, uma percepção além dos sentidos. Sim, é meio uma mistura de raio-x com thunder cats e a visão além do alcance, ela enxerga, e como enxerga, a maledetta!

Mas se por um lado enxerga, por outro deixa de enxergar. Quiçá por gostar demais, quiçá por não saber que nego monta, ela é muito mas muito bondosa demais e mesmo se dando mal, tendo problemas de convívio, tendo que repetir 30mil vezes a mesma coisa para alguém, ela continua ajudando e servindo incondicionalmente. Servir, esse é um verbo que combina demais com a moça. Serve demais e infelizmente é servida de menos, penso eu. Isso gera frustração? Claro que gera, mas não tanta quanto geraria em uma pessoa que espera abertamente as coisas em troca. A picachu é altruísta, meu rei. Às vezes, só o reconhecimento basta. Às vezes nem isso é necessário, porque ela sabe, no fundo dela, em algum lugar que nem ela sabe onde é, que fez o seu melhor. Que foi verdadeira, que foi ela mesma.

"E na bundinha, não vai nada?"

Recebi essa vaga de emprego:

A XXX é uma empresa de desenvolvimento web com mais de 12 anos de mercado. Buscamos profissionais com o seguinte perfil.

• Redator Requisito Imprescindível
• Dominar a escrita na língua portuguesa.
• Dominar a escrita para internet.
• Cursando superior nas áreas (Jornalismo, Publicidade, Marketing, Letras);
• Experiência como redator; Desejável
• Superior completo nas áreas (Jornalismo, Publicidade, Marketing, Letras);
• Conhecimento em Arquitetura da Informação;
• Conhecimento em Planejamento;
• Conhecimento em Edição de (Imagens, Vídeos e Som);
• Fluência em inglês;

E respondi o título desse post.