Porque apenas meia dúzia vai me ler.
Porque quem me escreveu não ganhou prêmio Nobel. Nem quer, ou sequer poderia, ganhar.
Porque não tenho conteúdo, não contesto, não acrescento.
Porquenãofaçosentidoassimtudojunto e nem sem ponto sem virgula sem pausa sem respiro; nem aparento ser compacto como um bloco de miojo
Porque depois que terminar de me ler, você não lembrar do que leu aqui.
Porque você não vai encaminhar aos seus amigos.
Porque meu assunto principal não é quente.
Porque você não vai se exclamar "nossa, que puta idéia!"
Porque não tenho frases que nunca se acabam.
Porque não conto história alguma que acrescente.
Porque não fui criado nas Ilhas Canárias.
PS: Tá meio morto o Caderno do Véio, mas que eu pago um pau pra clareza e a escolha das palavras dele, ah eu pago. Apesar de insistentemente não conseguir ler um livro sequer até o final.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Das belezas do futebol
Sou admirador e degustador de futebol. Explico, admiro o esporte primeiro pelo que representa enquanto pilar de interesse e transformação da sociedade e segundo porque é emocionante pra caralho, mesmo. Não tem nada que consiga reunir tanta gente junta em torno de um mesmo objetivo, para festejar.
No embalo do conteúdo do MIGALHAS, coloco um pouco mais para deixar o nosso amigo de Mountain View, California, satisfeito e sempre alimentado de informações desse blog.
----
O futebol é a alegria do povo. A liturgia da descontração, da
solidariedade, do aplauso e do apupo, da criatividade e da
descontração. Futebol é festa ! E clímax. Choro e tristeza. A coluna,
hoje, será enriquecida pela linguagem vinda dos campos. Desde já, o
meu abraço solidário aos queridos jogadores, a quem se atribuem as
pérolas abaixo. Enviadas por um tal de Carlos Alberto Albuquerque.
/"Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da
VARIG."/ (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando
em excursão à Europa)
/"Tanto com a minha vida futebolística quanto com a minha vida
humana."/ (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do
jogo de despedida do Zico)
/"As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe."/ (Dunga, em
entrevista ao programa Terceiro Tempo)
/"Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja."/
(Jardel, ex-atacante do Grêmio)
/"A partir de agora o meu coração só tem uma cor : vermelho e
preto."/ (Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo)
/"Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui
fondo e chutei pro gol."/ (Jardel, ex-jogador do Vasco e Grêmio, ao
relatar ao repórter o gol que tinha feito)
/"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu."/
(Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do
Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de
72)
/"Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado."/
(Jardel, ex-atacante do Grêmio)
/"A bola ia indo, indo, indo... e iu !"/ (Nunes, jogador do
Flamengo da década de 80)
/"Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola."/
(Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)
/"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe." / (Jardel,
ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção)
/"Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático
e gramático."/ (Vicente Matheus, quando presidia o Corinthians)
/"O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão
correta, deu um passo a frente."/ (João Pinto, jogador do Benfica de
Portugal)
No embalo do conteúdo do MIGALHAS, coloco um pouco mais para deixar o nosso amigo de Mountain View, California, satisfeito e sempre alimentado de informações desse blog.
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O futebol é a alegria do povo. A liturgia da descontração, da
solidariedade, do aplauso e do apupo, da criatividade e da
descontração. Futebol é festa ! E clímax. Choro e tristeza. A coluna,
hoje, será enriquecida pela linguagem vinda dos campos. Desde já, o
meu abraço solidário aos queridos jogadores, a quem se atribuem as
pérolas abaixo. Enviadas por um tal de Carlos Alberto Albuquerque.
/"Chegarei de surpresa dia 15, às duas da tarde, vôo 619 da
VARIG."/ (Mengálvio, ex-meia do Santos, em telegrama à família quando
em excursão à Europa)
/"Tanto com a minha vida futebolística quanto com a minha vida
humana."/ (Nunes, ex-atacante do Flamengo, em uma entrevista antes do
jogo de despedida do Zico)
/"As pessoas querem que o Brasil vença e ganhe."/ (Dunga, em
entrevista ao programa Terceiro Tempo)
/"Eu, o Paulo Nunes e o Dinho vamos fazer uma dupla sertaneja."/
(Jardel, ex-atacante do Grêmio)
/"A partir de agora o meu coração só tem uma cor : vermelho e
preto."/ (Jogador Fabão, assim que chegou no Flamengo)
/"Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui
fondo e chutei pro gol."/ (Jardel, ex-jogador do Vasco e Grêmio, ao
relatar ao repórter o gol que tinha feito)
/"Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu."/
(Claudiomiro, ex-meia do Inter de Porto Alegre, ao chegar em Belém do
Pará para disputar uma partida contra o Paysandu, pelo Brasileirão de
72)
/"Que interessante, aqui no Japão só tem carro importado."/
(Jardel, ex-atacante do Grêmio)
/"A bola ia indo, indo, indo... e iu !"/ (Nunes, jogador do
Flamengo da década de 80)
/"Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola."/
(Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo)
/"Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe." / (Jardel,
ex-atacante do Vasco, Grêmio e da Seleção)
/"Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático
e gramático."/ (Vicente Matheus, quando presidia o Corinthians)
/"O meu clube estava a beira do precipício, mas tomou a decisão
correta, deu um passo a frente."/ (João Pinto, jogador do Benfica de
Portugal)
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Sinceridade e Sagacidade
Diariamente recebo uma newsletter feita por adEvogados e para adEvogados chamada MIGALHAS, que já deve ter muitos anos porque tá no número 2270. (Não, não sou advogado). É meio mala e pedante, como não poderia deixar de ser, mas às vezes tem coisas bacanas, como a fabuleta/causo abaixo.
Sinceridade e Sagacidade
Zé Cavalcanti, ex-deputado paraibano, conta em seu livro "A
Política e os Políticos", que um coronel do sertão, ao passar o
comando de seus domínios para o filho, aconselhou :
-Meu rapaz, se queres ser bem sucedido na política, cultiva estas
duas verdades : a sinceridade e a sagacidade.
-O que é sinceridade, meu pai ?
- É manter a palavra empenhada, custe o que custar.
- E o que é sagacidade ?
- É nunca empenhar a palavra, custe o que custar.
Sinceridade e Sagacidade
Zé Cavalcanti, ex-deputado paraibano, conta em seu livro "A
Política e os Políticos", que um coronel do sertão, ao passar o
comando de seus domínios para o filho, aconselhou :
-Meu rapaz, se queres ser bem sucedido na política, cultiva estas
duas verdades : a sinceridade e a sagacidade.
-O que é sinceridade, meu pai ?
- É manter a palavra empenhada, custe o que custar.
- E o que é sagacidade ?
- É nunca empenhar a palavra, custe o que custar.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Incroyable
Vi na televisão na sexta na hora do almoço. Era o boneco grafitado num muro do Vale do Anhangabaú que ganhava vida no meio de uma multidão ali mesmo, conceito de sair do papel e tomar formas reais. Um gigante inflável marchando no meio da galera. Intervenção da trupe francesa (desculpa, mas ainda não aprendemos isso) Les Plasticiens Volants em parceria com a dupla osgemeos, artistas oriundos do grafiti (isso não só aprendemos, como damos show pelo mundo). Reta final de Ano da França no Brasil, e junto com um show de Siba e a Fuloresta, com participação de Zeca Baleiro, era o happy hour light perfeito para uma sexta-feira caliente de primavera.
Instigado que fiquei para ver aquilo, mandei email chamando a galera. Nego não se animou muito, talvez por ser no centro ainda afaste as pessoas (certeza que se falasse que era no MASP iria mais gente), ou minha companhia não anda muito em alta. Baixei no Anhangabaú para, sem saber, viver uma das coisas mais marcantes até hoje.
Que mágico aquilo, lúdico, poético. Sei lá, essas fotos podem dar uma idéia, mas o som, as luzes, o claor humano, os sorrisos e olhares encantados que se cruzavam intensos. Foi marcante, maior que palavras. Um teatro, um enredo, aquele boneco me pareceu vivo em vários momentos, lamentei a quase morte dele, a serpente descendo Praça Ramos de Azevedo deu tensão a tudo aquilo. Como criança, sorri. Como criança me arrepiei.
Fiquei besta, fiquei bobo. Quem viu, viu.
Crédito das fotos: Bob Kerr Jr
Instigado que fiquei para ver aquilo, mandei email chamando a galera. Nego não se animou muito, talvez por ser no centro ainda afaste as pessoas (certeza que se falasse que era no MASP iria mais gente), ou minha companhia não anda muito em alta. Baixei no Anhangabaú para, sem saber, viver uma das coisas mais marcantes até hoje.
Que mágico aquilo, lúdico, poético. Sei lá, essas fotos podem dar uma idéia, mas o som, as luzes, o claor humano, os sorrisos e olhares encantados que se cruzavam intensos. Foi marcante, maior que palavras. Um teatro, um enredo, aquele boneco me pareceu vivo em vários momentos, lamentei a quase morte dele, a serpente descendo Praça Ramos de Azevedo deu tensão a tudo aquilo. Como criança, sorri. Como criança me arrepiei.
Fiquei besta, fiquei bobo. Quem viu, viu.
Crédito das fotos: Bob Kerr Jr
Tá explicado o apagão
From: Montgomery Burns [mailto: Mr.Burns@springfieldnuclearplant.com ]
Sent: terça-feira , 09 de novembro de 2009 15:38
Subject: Organizational Annoucement
Dear all,
This morning our employee Homer J. Simpson decided to leave Springfield Nuclear Plant.
Please join me in wishing good luck in his new role in Itaipu - Brazil.
Mr. Burns
Sent: terça-feira , 09 de novembro de 2009 15:38
Subject: Organizational Annoucement
Dear all,
This morning our employee Homer J. Simpson decided to leave Springfield Nuclear Plant.
Please join me in wishing good luck in his new role in Itaipu - Brazil.
Mr. Burns
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Alheio
Eu não estava num elevador. Não estava no carro. Nem no Metrô. Não estava no trânsito. Sequer estava numa avenida movimentada. Nem numa porta de faculdade. Nem num buteco. Muito menos num restaurante. Não estava com uma mulher. Menos ainda com um cara. Não estava ao ar livre. Nem estava ocupado.
"Onde você estava?" Não tem pergunta mais 11 de setembro que essa. E depois do apagão na noite do último dia 10, voltou pro rol das mais frequentes. E malas.
Terça foi punk, fui um monge no trabalho, ouvi cada coisa, tipo um nível bem pesado. Fiquei quieto, mas descontei em quem não devia fora do trabalho, falei o que não devia, exagerei. Um mea-culpa aqui. Você sabe que é pra você. Tudo o que eu queria era calma, e lá estava eu, às 22h15 no melhor lugar em que poderia estar naquela terça-feira abafada com pinta de noite de verão em que muito trabalho, nhenhenhéns demais e resoluções de menos me tiraram o humor e as energias. Era lá que eu estava. Sofá da sala, janela aberta.
Tava pra começar o Furo MTV. O prato estava quente no meu colo, fome de dia todo. Tinha bife de ontem, ainda bom, suflê de ontem e mais alguma coisa antiga. Tava bom, juro, bem molhadinho, saboroso. A luz piscou. Olhei meio assim. Pernas estendidas no puf, o prato impedindo qualquer movimentação. "Pô, justo agora vai acabar a luz? Tenho mesmo que levantar pra tirar tudo da tomada? Será que ainda tem vela no armário da cozinha? Ah, acho que já já volta".
Achadas as velas, acostumadas as retinas, esfriada a comida, terminado o prato, interrompido os pensamentos mancos daquele fim de dia digno de ostracismo, escovei os dentes. Afinal, ainda tinha água na torneira sem saber que o "ainda" era "por enquanto". O escurinho ajudou a proporcionar um bocejo, reação em cadeia. Sonhei com alienígenas chegavam na terra, e quando acordei nem sonhava que o caos estave instalado. De verdade. E sem extra-terrestres. Gente dormindo na rua, sem conseguir ligar para casa, medo, pânico, do mesmo diretor de Independence Day e Guerra dos Mundos.
Todo mundo tem uma história do apagão. Menos eu.
"Onde você estava?" Não tem pergunta mais 11 de setembro que essa. E depois do apagão na noite do último dia 10, voltou pro rol das mais frequentes. E malas.
Terça foi punk, fui um monge no trabalho, ouvi cada coisa, tipo um nível bem pesado. Fiquei quieto, mas descontei em quem não devia fora do trabalho, falei o que não devia, exagerei. Um mea-culpa aqui. Você sabe que é pra você. Tudo o que eu queria era calma, e lá estava eu, às 22h15 no melhor lugar em que poderia estar naquela terça-feira abafada com pinta de noite de verão em que muito trabalho, nhenhenhéns demais e resoluções de menos me tiraram o humor e as energias. Era lá que eu estava. Sofá da sala, janela aberta.
Tava pra começar o Furo MTV. O prato estava quente no meu colo, fome de dia todo. Tinha bife de ontem, ainda bom, suflê de ontem e mais alguma coisa antiga. Tava bom, juro, bem molhadinho, saboroso. A luz piscou. Olhei meio assim. Pernas estendidas no puf, o prato impedindo qualquer movimentação. "Pô, justo agora vai acabar a luz? Tenho mesmo que levantar pra tirar tudo da tomada? Será que ainda tem vela no armário da cozinha? Ah, acho que já já volta".
Achadas as velas, acostumadas as retinas, esfriada a comida, terminado o prato, interrompido os pensamentos mancos daquele fim de dia digno de ostracismo, escovei os dentes. Afinal, ainda tinha água na torneira sem saber que o "ainda" era "por enquanto". O escurinho ajudou a proporcionar um bocejo, reação em cadeia. Sonhei com alienígenas chegavam na terra, e quando acordei nem sonhava que o caos estave instalado. De verdade. E sem extra-terrestres. Gente dormindo na rua, sem conseguir ligar para casa, medo, pânico, do mesmo diretor de Independence Day e Guerra dos Mundos.
Todo mundo tem uma história do apagão. Menos eu.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Post que não sai do forno
Sabe quando sobra matéria prima, mas falta tempo pra transformar?
Essa foi um semana de silêncio, muito trabalho, investimento, muita coisa por vir.
Uma hora sai. Uma hora tudo sai. E aí quem sabe até nossos Leitores da Casa do Chapéu saiam da toca, né Mr. Mountain View, Mr. Atlanta, Mr. Nagoya ou Mr. Lisboa. Tá todo mundo convocado a mandar um email para ser entrevistado aberta ou anonimamente. Perguntas definitivamente não faltam, já tempo...
Essa foi um semana de silêncio, muito trabalho, investimento, muita coisa por vir.
Uma hora sai. Uma hora tudo sai. E aí quem sabe até nossos Leitores da Casa do Chapéu saiam da toca, né Mr. Mountain View, Mr. Atlanta, Mr. Nagoya ou Mr. Lisboa. Tá todo mundo convocado a mandar um email para ser entrevistado aberta ou anonimamente. Perguntas definitivamente não faltam, já tempo...
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Esse dia vai ser seu um dia
Não me lembro a última vez que passei Finados em Sampa, 2 de novembro normalmente é na praia, com chuva. Mas esse ano, mesmo sabendo do sol inédito que ia fazer, me empenhei pra ficar e tentar fazer algumas fotos, aproveitandoa a luz do fim de tarde, pra mim sem igual.
Admito que tenho muito mais medo de um passeio na Vila Olímpia, povoada por seus blasés que quase me ferem com seus narizes arrebitados que de qualquer cemitério, com suas tumbas plácidas, tranquilas. Morto tá morto e tá de boa. Deve ser uma ótima ser morto, sério. Não tem conta pra pagar, não patrão, não tem doença, não tem unha encravada. Já pensou por esse lado?
Então foi isso, segundona de alguns cliques no cemitério da Consolação.
Admito que tenho muito mais medo de um passeio na Vila Olímpia, povoada por seus blasés que quase me ferem com seus narizes arrebitados que de qualquer cemitério, com suas tumbas plácidas, tranquilas. Morto tá morto e tá de boa. Deve ser uma ótima ser morto, sério. Não tem conta pra pagar, não patrão, não tem doença, não tem unha encravada. Já pensou por esse lado?
Então foi isso, segundona de alguns cliques no cemitério da Consolação.
Os pontinhos pretos são simpáticos mini-mosquitos, que acharam um buraquinho e estão se alimentando. Tudo natural.
Esse é o singelo túmulo da família. E a singelas, porém sinceras, flores que levamos. Tios e avós da minha mãe tão aí.
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